🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Agosto de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Ciro posta cortes do JN em que diz informações falsas

Por Ethel Rudnitzki

24 de agosto de 2022, 17h24

O candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) publicou em suas redes nove diferentes cortes da entrevista que concedeu ao Jornal Nacional, na noite de terça-feira (23). Cinco desses trechos contêm informações falsas, checadas em tempo real pelo Aos Fatos. Os cortes com desinformação atingiram 2,6 milhões de visualizações nas redes do pedetista até a tarde desta quarta (24).

Antes de o programa começar, o candidato fez um vídeo nos estúdios da Globo para chamar seus seguidores para assistir ao JN. No conteúdo, Ciro antecipou um dos erros ditos na entrevista: a atribuição de uma frase de um romance da escritora Rita Mae Brown ao cientista Albert Einstein. "A ciência da insanidade é você repetir as mesmas coisas e esperar resultado diferente", parafraseou o pedetista. A gravação foi postada no Telegram, Twitter, Facebook e Instagram e atingiu 445 mil visualizações.

Mas o trecho que recebeu maior destaque nas redes do candidato foi sua fala final na entrevista, em que, ao pedir voto a eleitores que pretendem votar em Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pessoas sem candidato definido, errou sobre a porcentagem destes últimos. "E você, indeciso, sabe quantos são vocês? Mais da metade da população", disse o candidato. Porém, nos levantamentos mais recentes, essa porcentagem varia de 2% (Datafolha) a 7% (Ipec), na pesquisa estimulada, e 16% (Ipec) a 22% (Datafolha) na espontânea.

O vídeo atingiu mais de 1 milhão de visualizações só no TikTok e também foi postado no Twitter, no Facebook e no Instagram do candidato, nos quais foi visto outras 325 mil vezes.

Durante a entrevista, os administradores dos perfis de Ciro destacaram também um corte em que ele desinforma sobre o efetivo policial no país — postado no Twitter, Facebook e Instagram com cerca de 400 mil visualizações — e um trecho em que ele cita dado desatualizado e maior que o atual sobre obras paradas no país, visto mais de 300 mil vezes nas três plataformas.

Procurada, a assessoria de Ciro Gomes não respondeu até a publicação desta reportagem.

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