🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Agosto de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Bolsonaro supera 6.000 declarações falsas ou distorcidas no início da campanha pela reeleição

Por Luís Felipe dos Santos

17 de agosto de 2022, 13h26

O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), iniciou sua segunda campanha presidencial com ao menos 6.042 alegações falsas ou distorcidas ditas no atual mandato, segundo o contador de declarações do Aos Fatos, que monitora entrevistas, lives, discursos e postagens desde a posse, em janeiro de 2019.

Entre as alegações enganosas, estão as de que ele sabia que a Covid-19 levaria “muita gente querida embora” e que não errou nenhuma das suas observações sobre a pandemia, ditas durante evento com apoiadores em Juiz de Fora (MG) na terça-feira (16), primeiro dia oficial da campanha.

A alegação mais repetida, por 215 vezes, é sobre a ausência de acusações de corrupção no seu governo, o que é falso: integrantes e ex-integrantes de sua equipe são alvo de investigações e denúncias de casos de corrupção e outros delitos ligados à administração pública. Um dos exemplos é o caso do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, preso preventivamente em junho de 2022 por suposto envolvimento em um esquema de liberação de verbas da pasta. Ribeiro é investigado por prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. Ele se encontra em liberdade.

As outras declarações mais repetidas foram a de que o STF (Supremo Tribunal Federal) tirou dele o poder de conduzir as medidas sobre a pandemia (138 vezes) e que ele sempre afirmou que o vírus da Covid-19 e o desemprego deveriam ser enfrentados da mesma forma (111 vezes).

No dia 8 de agosto, em entrevista ao Flow Podcast, foram apuradas pelo menos 26 declarações falsas ou distorcidas do presidente em cinco horas e 21 minutos. Não foi, porém, o dia com mais alegações enganosas verificadas por Aos Fatos em 2022. Essa marca pertence ao dia 12 de abril, quando foram checadas 35 falsidades em falas aos apoiadores e em uma entrevista ao podcast Irmãos Dias.

Em todo o mandato, o recorde de declarações falsas ou distorcidas checadas pelo Aos Fatos aconteceu em 15 de janeiro de 2021, com 61 falas checadas.

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